Transtornos do humor não são fenômeno recentes. Textos gregos com mais de 2.000 anos já descreviam indivíduos que, por vezes, ficavam muito tristes e desesperançados sem uma causa aparente e que, por outras vezes, apresentavam-se excessivamente falantes e exageradamente confiante. Para diagnosticar o transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios para um episódico maníaco.
O episódio pode ter acontecido ou seguido por episódios hipomaníacas ou depressivos maiores. Para diagnosticar o transtorno bipolar tipo II, é necessário o preenchimento de critérios para um episódio hipomaníaco atual ou anterior e critérios para um episódio depressivo maior atual ou anterior.
A detecção precoce, tratamento farmacológico ideal e suporte psicossocial podem promover à melhora funcional e melhores prognósticos a longo prazo. O curso do transtorno bipolar (seu padrão de recaída e remissão no tempo) é melhor examinado com referência ao tratamento medicamentoso que ajuda a estabilizar os pacientes. Os medicamentos recomendados para o transtorno bipolar variam segundo a fase do tratamento. Não se automedique! Procure auxílio de um profissional para avaliação e tratamento.
Atualmente, a disponibilidade de estabilizadores de humor como o carbonato de lítio, os anticonvulsivantes (valprato de sódio, lamotrigine e outros). Os antipsicóticos atípicos (olanzapina, quetiapina, risperidona, ziprasidona ou aripiprazol), muito tem contribuído para aliviar o curso do transtorno bipolar.
Você sabia que a não adesão a medicação é um dos motivos para recaídas em pacientes com transtorno bipolar? Sim, existem estimativas que sinalizam o impressionante número de até 60% dos pacientes interromperem, em algum momento da vida, a continuação dos medicamento. Quando param de tomar a medicação os riscos de recaídas aumentam.
Não automedique-se. Procure um profissional capacitado para realizar a avaliação e prescrição adequados as suas necessidades.
Estou à sua disposição.
Dr. Alex Tobias
CRM/GO 28.098
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-V. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
MARI, Jair de Jesus; KIELING, Christian.Psiquiatria na Prática Clínica. Barueri: Manole, 2013.